O que uma clínica digital tem a ver com o futuro do planeta?

Entenda a relação com a sustentabilidade e os ODS.

O que a gestão de uma clínica ou hospital tem em comum com a proteção do meio ambiente? À primeira vista, pode parecer que os dois temas não se cruzam. No entanto, a verdade é que a decisão de adotar a tecnologia paperless e se tornar uma clínica digital é um passo estratégico em direção à sustentabilidade digital, com impactos que vão muito além da sua instituição e contribuem diretamente para um futuro mais verde e responsável.

Neste artigo, vamos mergulhar na profunda relação entre a saúde digital e o futuro do planeta, e mostrar como a sua clínica pode contribuir para um mundo mais verde, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Acompanhe a jornada que transforma a burocracia em um ato de responsabilidade global.

O papel e o impacto ambiental na saúde: uma análise a fundo e em números

Para entender a urgência da digitalização, é crucial analisar o impacto ambiental do modelo tradicional. Em um consultório ou em um hospital, pilhas e mais pilhas de papéis são uma realidade: prontuários, fichas de atendimento, exames, guias e relatórios. O que muitos não percebem é o custo invisível e o peso ambiental por trás de cada folha de papel.

  • Consumo de recursos naturais: A produção de papel é intensiva em recursos. Para cada tonelada de papel, são necessários cerca de 10 mil litros de água, uma grande quantidade de energia e, é claro, árvores. Um hospital de grande porte pode consumir toneladas de papel por ano, o que se traduz em um alto consumo de recursos naturais. Para dar uma dimensão, uma única árvore de eucalipto, cultivada para esse fim, produz cerca de 50 resmas de papel. Imagine quantas árvores são necessárias para manter um hospital operando por um ano.
  • Emissão de carbono: O processo de produção de papel é uma das maiores fontes de emissão de gases de efeito estufa na indústria. Além disso, o transporte da celulose, a produção nas fábricas e a logística de distribuição de papel geram uma pegada de carbono significativa. Ao optar por documentos digitais, sua instituição contribui diretamente para a redução dessas emissões ao longo de toda a cadeia de suprimentos.
  • Descarte e ocupação de espaço: A gestão de documentos sigilosos na área da saúde é complexa. Onde vão parar todos esses papéis? O descarte exige trituração e, em muitos casos, incineração, processos que geram poluição. Além disso, o armazenamento de arquivos físicos consome um espaço valioso, que poderia ser otimizado para o atendimento de pacientes, a expansão de leitos ou outras atividades essenciais. Em grandes centros urbanos, o metro quadrado é caro, e o espaço ocupado por arquivos poderia gerar uma economia substancial para a instituição.

Em um mundo que exige cada vez mais responsabilidade ambiental das empresas, manter uma gestão analógica não é apenas burocrática; é também insustentável.

O conceito de clínica digital: o caminho para a sustentabilidade digital e a otimização de processos

Uma clínica digital é uma instituição que transcendeu a gestão baseada em papel e adotou a tecnologia como pilar central de suas operações. Nessa realidade, todos os documentos, desde os prontuários dos pacientes até a contabilidade e o RH, nascem e são armazenados em formato eletrônico. O papel se torna uma exceção, não a regra.

Essa transição gera o que chamamos de sustentabilidade digital, um conceito que vai muito além da simples redução do consumo de papel. A tecnologia atua como um facilitador para uma gestão mais eficiente, que otimiza o uso de recursos e minimiza o desperdício. Por exemplo, a economia de tempo com a busca por documentos se converte em ganho de produtividade para os profissionais de saúde, que podem focar no atendimento. A redução de custos com impressão, armazenamento e logística pode ser reinvestida em inovação ou melhorias na experiência do paciente.

Um bom sistema de prontuário eletrônico do paciente (PEP), por exemplo, armazena informações de forma segura e acessível, eliminando a necessidade de impressões e cópias. Em vez de arquivos físicos, sua instituição utiliza servidores em nuvem, que são mais eficientes do ponto de vista energético e oferecem um nível de segurança e controle de acesso muito superior. A gestão digital, portanto, não é apenas um luxo, mas uma necessidade para qualquer instituição que busque ser eficiente, segura e, acima de tudo, ecologicamente responsável.

A relação com os ODS da ONU: a saúde digital a serviço do planeta e das pessoas

A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma agenda global para a construção de um futuro mais justo e sustentável. A transição para uma gestão digital na saúde contribui diretamente para a realização de alguns desses objetivos, mostrando o poder da tecnologia como ferramenta de transformação global.

Vamos detalhar a relação da saúde digital com três ODS que se conectam de forma profunda:

  • ODS 3 - Saúde e Bem-Estar: Este objetivo busca garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Ao adotar soluções de saúde digital, as clínicas e hospitais melhoram a qualidade e a agilidade do atendimento. O acesso rápido a informações médicas completas e seguras permite diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes. A redução da burocracia no pré-atendimento diminui o tempo de espera do paciente, o que é essencial para o bem-estar e a satisfação.
  • ODS 9 - Indústria, Inovação e Infraestrutura: Este objetivo visa construir uma infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e fomentar a inovação. A modernização da infraestrutura de uma instituição de saúde através de tecnologias inovadoras fortalece a resiliência e a eficiência operacional. Ao investir em sistemas de Gestão de Conteúdo (ECM), sua instituição se torna um exemplo de inovação, adotando uma infraestrutura que é escalável, segura e à prova de falhas.
  • ODS 12 - Consumo e Produção Responsáveis: Este objetivo se concentra em assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. A gestão de documentos digitais e a consequente eliminação do papel reduzem drasticamente o consumo de recursos naturais e a geração de resíduos. Um hospital que adota o modelo paperless evita o consumo de milhares de resmas de papel e o descarte de toneladas de lixo, contribuindo diretamente para um modelo de consumo mais consciente e responsável. Essa escolha alinha a instituição com as expectativas de uma sociedade cada vez mais preocupada com o impacto ambiental de suas escolhas.

Da pilha de papel à gestão sustentável

A decisão de se tornar uma clínica digital é um passo estratégico para o futuro da sua instituição, mas também um ato de responsabilidade global. É uma forma de garantir eficiência operacional, segurança dos dados e, ao mesmo tempo, contribuir para a preservação do meio ambiente. O futuro do nosso planeta também depende das escolhas que fazemos hoje na gestão de nossos negócios.

E, nesse cenário, a tecnologia se torna a ferramenta mais poderosa para aliar a saúde e o bem-estar dos pacientes à sustentabilidade do planeta. Ao adotar uma gestão digital, sua instituição dá um passo crucial para se tornar mais eficiente, segura e ecologicamente responsável, mostrando que é possível inovar e gerar impacto positivo no mundo.

Para aprofundar seu conhecimento sobre o tema, leia nosso blog post: Hospital sem papel: otimização na gestão de processos na saúde não é utopia.

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